segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Medos


Hoje aprendi a esquecer!
A esquecer os medos que me impedem de viver, as inseguranças que me obrigam a existir, e os passados, que por sua vez, fizeram crescê-los.
Hoje aprendi a viver!
Aprendi a viver os sentimentos, os toques, as palavras...de uma maneira suave. Sem sussurro nem gritos, apenas silêncios.
Silencios eles que se mantêm intactos e transparentes, enquanto acreditamos que é possivel viver.
Hoje...esqueci-me de pensar!
E foi o melhor dia da minha vida. Vivi, sorri...chorei...mas não pensei. Se pensasse talvez nao sorrisse, nao vivesse, nao amasse tanto, quanto o consegui fazer ... Hoje!
Hoje...aprendi a ouvir!
A ouvir o silencio do meu EU, a ouvir a voz do que não sou, ouvir os passaros, as ondas do mar que se soltam com um grito de espuma, e trazem até mim, uma brisa incontrolavel, de um agradavel sabor de ti, de mim...de nós sem medos.
Hoje aprendi a acreditar!
Acreditar sobretudo em nós... consequentemente naqueles que nos amam... porque sinceramente...

O que somos nós, para além daqueles que amamos e que nos amam?

De Filipa Vasconcelos para Peace

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Crepúsculo



Sentada neste muro gelado
Contemplo a pequena luz
Aquele que rasga as nuvens
Que ao mar tanto seduz;
Embalada nesta noite que não chega
Respiro a brisa que do mar me encanta
Adormeço com as ondas que me agasalham
Deste gelo que em mim emana ;
Este som que embrulha as areias
Neste silencio tão sonoro
Relaxa os meus nobres sentidos
Ai! Tão meu desgraçado adorno!
A luz está morrendo
No horizonte deste mar
Que a embala nas ondas
Deixando-a navegar.
Tão depressa desapareceu,
Navegando...navegando...
No imenso mar onde morreu,
Pelas ondas emanando...
O mar continua vivo,
Se enrolando nas areias
E as nuvens continuam luminosas
Com aquela luz que lhes rasgou as veias!