quarta-feira, 11 de abril de 2012

Romantismo

Por vezes,
Sinto cá dentro um ardor,
De não explodir este amor,

Por vezes,
Sinto um pingo de romantismo,
Da sua ausência um cataclismo...

Por vezes,
Sinto que a alma me suga o vinho,
Este meu sangue cor de linho.

Por vezes,
De tão crua que me sinto,
Falta-me o sonho que minto!

As palavras já não me saem as mesmas,
e a minha alma?!
Escondida por entre os anseios,
Medos e crenças em rodeios?!
E o meu coração?!
Preso a um corpo sem pensamento,
cuja as palavras fugiram com vento!

As saudades de uma explosão de amor,
de loucuras perdidas em pensamentos,
De passeios cheios de cor,
De beijos perdidos nos tempos.
Saudades de ouvir-te gritar " Amo-te",
Saudades de sentir-me loucamente amada,
De mostrar o nosso amor ao mundo,
De quando me abraçavas e beijavas na calçada.

Romance,
De uma rosa o seu cheiro,
De um beijo o arrepio,
De uma caricia o amor,
de uma loucura o suspiro!

E as palavras,
Por mais escritas que estejam,
Nem o anseio ou a paixão,
Elas conseguem o despejo!